sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Pequenas diferenças culturais

As diferenças entre Brasil e França estão longe de acabar na língua. Eu poderia falar aqui de comida, de transportes, de pessoas e até de lixeira no banheiro. Mas prefiro me ater às pequenas coisas. Neste caso elas são redondas, chatas, brilhantes e valiosas, principalmente quando combinadas e acumuladas. Sim, refiro-me às moedas, centavos e reais que mal consideramos quando gastamos. Será mesmo?

Dificilmente sabemos quanto temos em moeda na carteira ou na bolsa. As moedas servem para pequenos trocos e pouco nos importamos em gastá-las, afinal são meio pesadas. Eu costumo juntar moedas para comprar balas, cada um tem sua mania. Mas os franceses, pelo que vi, utilizam boa parte de suas moedas pagar pagar a entrada do banheiro, seja numa estação de trem ou num shopping center, ou mesmo pagar para poder se sentar em uma lanchonete fast food na qual compraram um lanche.

Isso são usos e costumes de cada lugar, claro, não pretendo generalizar nada! Mas são essas pequenas diferenças culturais que nos fazem estranhar o estrangeiro, e não adianta questionar, aceite e pague!


terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Receita para um Boneco de Neve

Hoje, com quase 25 anos, fiz meu primeiro boneco de neve. Uma emoção que precisa ser compartilhada e um aprendizado digno de ser passado adiante, para amigos, admiradores, interessados e até para as próximas gerações. Portanto, antes de ter seu primeiro contato com a neve, atenção nesta modesta receita!

Vou ensinar o passo a passo para quem, um dia, deparar-se com a desafiadora tarefa de fazer um bonequinho de neve. Primeiro, escolha um local adequado, com bom acumulo de neve (acho que uns 6cm dá pra começar, se não se importar com a baixa estatura do seu resultado final). Uma pracinha com uma árvore é perfeita. Depois, é preciso juntar a neve e fazer a bola inferior, que será o corpo do boneco. Vale usar os pés para arrastar a neve dos lados e acumular tudo que puder num só lugar. É importante perder o medo de se molhar, uma hora ou outra será preciso tocar, com as luvas, na neve, afinal, para dar vida a um boneco feito desse material, é preciso certos sacrifícios! Feito o corpo, inicie a cabeça. A melhor estratégia é fazer a cabeça fora do corpo e depois colocá-la em cima, mas cuidado pra não escorregar!

Agora é preciso enfeitar sua obra prima, para isso, nada melhor que utilizar materiais que podem facilmente ser encontrados nos arredores do local escolhido, como: galhos para espetar como se fossem as mãos, uma folha fina e comprida coberta com pequenas bolinhas de neve para simular os botões (pra que botões, não sei, se o resto do corpo ficará descoberto, mas é como manda a tradição) e até papel alumínio que foi jogado no chão e era provavelmente de algum lanche de criança, pra fazer a boca, os olhos e o nariz (oras, se você não achar papel alumínio, improvise com outra coisa, costuma-se usar cenoura no nariz!).

Claro que acidentes podem acontecer, eu, por exemplo, quase decapitei meu bonequinho quando tentava grudar o olho direito. Bom, na verdade, eu decapitei o boneco mesmo! Mas, depois do susto, consegui colocar a cabeça no lugar e tudo ficou bem. Para terminar, sugiro um toque pessoal. No meu caso, emprestei meu gorrinho para o boneco que finalmente nascia de meu suor, minhas lágrimas e meus dedos quase congelados! Bem, sei que não fiz um ser humano a partir do barro, mas fiz algo parecido com um bonequinho a partir do gelo.



Última dica: não se esqueça de tirar algumas fotos para a posteridade, ou seja, o álbum de viagens que vai ser admirado uma vez e depois esquecido no armário até que chegue alguma vítima, digo, visita, (des)interessada em registros de uma aventuras na neve!