terça-feira, 27 de setembro de 2011

A jornada da jovem jornalista

(texto que escrevi sobre quem eu sou e por quê decidi fazer jornalismo para o Curso Abril)

Era um poste alto, cheio de plaquinhas, indicando todos os caminhos que eu poderia seguir a partir daquele ponto. Nunca me esqueci da primeira encruzilhada em minha vida na qual eu, sozinha, tive que tomar a decisão de qual caminho seguir. Olhei, atenta, a todas as opções que a vida me oferecia.

As placas mais à esquerda seguiam para a área das exatas e logo foram descartadas. No centro estavam as biológicas. Balancei a cabeça e virei o rosto. Examinei, então, as mais à direita, que iam para a área das humanas. Essas me agradaram. Comecei a ler: direito, administração, design, história, letras, todas pareciam ser interessantes.

Foi então que enxerguei a que indicava o caminho do jornalismo. Nesse momento meus olhos brilharam, senti um frio no estômago e um arrepio. Jornalismo parecia ser um caminho ótimo para mim, pois nele eu poderia aprender um pouco sobre diversos assuntos. A perspectiva de dominar muitos temas com sabedoria me guiaram por essa trilha.

Como exploradora destemida e corajosa, subi a Montanhas das Resenhas, cruzei o Bosques de Informações e Notícias, atravessei lagos desconhecido, como o do Telejornalismo, e até enfrentei o medo que eu tinha das chuvas da Assessoria de Imprensa. Nessa jornada, uma das melhores passagens foi pela praia do Jornalismo Impresso onde deixei textos e crônicas escritos na areia.

Já consigo ver o fim dessa trilha, com mais um poste alto cheio de plaquinhas em uma encruzilhada. Mas, dessa vez, não é a da carreira e sim a da profissão. Outra decisão se aproxima e mais uma vez esta jovem jornalista seguirá uma das muitas jornadas que terá de passar durante a vida.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Trem Bão

Paixão é bão!
Se me disser não,
Já num é tão,
Pois sofrer assim,
É pior pra mim.
Mas se me disser sim...

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Luar de estrela

Adoro fazer poesia e outro dia fiz esse soneto para alguém muito especial. Bom, o formato é de soneto, apesar de não ser decassílabo ou dodecassílabo. Na verdade está mais para redondilha maior, hahaha! Mas não poderão me julgar se a métrica não condiz com a forma ou se às vezes até passa de 7 sílabas. Estamos no século 21 gente, sou pós-moderna, posso fazer poesia como bem entender...

Minha fatia de lua,
Sorrindo do céu para a rua,
Meu sono vem embalar,
No seu clarão de luar.

Sou tua estrela d'alva,
Aquela que guía e salva,
Teu sono quero velar
E para sempre te amar.

Com atenção e carinho,
Eu vejo na escuridão
A minha lua crescer.

E mostrarei o caminho,
Para o meu coração
De estrella, feliz em te ter!

terça-feira, 26 de abril de 2011

Cantora Céu traz ritmo e embalo à noite de Campinas

A última apresentação da cantora Céu no Brasil foi dia 8 de abril no SESC de Campinas. Quem não conhecia a artista e sua banda e teve a oportunidade de ir ao show pela primeira vez encantou-se com as letras curiosas de suas músicas e certamente entrou no embalo ritmado de suas canções. O repertório principal apresentado no SESC, em razão da comemoração de 10 anos da reabertura do clube, foram as composições de Vagarosa (Universal, 2009), segundo álbum lançado pela cantora.

Maria do Céu Whitaker Poças tem 30 anos e é considerada uma das novas caras da música popular brasileira. Sua carreira artística iniciou-se em 2001, mas o maior destaque a ela veio quando o primeiro álbum, Céu (Urban Jungle Records, 2005), conquistou, na primeira semana de vendas, o topo do ranking da conceituada revista norte-americana Billboard, que classifica músicas de artistas revelação nacionais e internacionais nos Estados Unidos. Os discos são produzidos em parte pela própria Céu e em parte pelo também compositor Beto Villares. A cantora é co-autora de 12 das 15 faixas do primeiro CD. No segundo, há músicas de Jorge Bem Jor, como Rosa Menina Rosa e do francês Serge Gainsbourg, como Grains de Beaute.

Mas a cantora e compositora não fica limitada à MPB. Seus ritmos misturam samba, jazz, reggae, hip hop, afrobeat, blues e adquirem um ritmo particular. Ela não é a primeira a fazer esse tipo de experiência e concluir que, hoje, a chamada música popular brasileira vai além da bossa nova pura. A diferença de Céu, porém, está em suas letras interessantes e extremamente poéticas, que brincam com o som das palavras e fazem o português reviver em suas expressões regionais, às vezes desconhecidas ou pouco usuais. “Visgo de Jaca”, por exemplo, composição de Rildo Hora e Sérgio Cabral, diz em suas primeiras linhas: Já caçou bem-te-vi /Esqueceu do sofrê /É o diabo /Gaiolou curió /E calou o mainá. Além disso, é quase impossível ouvir a cadência da música e não entrar no balanço. Até mesmo Céu dança, samba e rebola enquanto canta.

O show iniciou-se com “Cangote” e “Ponteiro”. As letras são curtas e bem exploradas durante a música, fazendo com que a platéia acabe cantando junto, mesmo que não as conhecessem. O espetáculo seguiu descontraído com “Comadi”, “Sonâmbulo” e “Bubuia”, um termo usado em algumas regiões da Amazônia para algo que vai à deriva no rio, ao sabor da correnteza. Depois de mais algumas canções, o público cativo da cantora começou a pedir as mais famosas. Céu atendeu aos fãs e cantou: “Malemolência”, aquela do refrão menino bonito /menino bonito, ai! e “Lenda”, que diz seu nome/ na boca do sapo/ sua boca na minha. Para fechar a noite, “Céu”, “Roda” e “Cordão da Insônia”. O vocal agradável de timbre mais grave e vibrante da cantora segue de forma melodiosa o compasso dado pela guitarra de Guilherme Ribeiro, o baixo de Lucas Martins e a percussão de Samuel Fraga. O som ganha ainda mais corpo e diferencial com os efeitos de mixagem comandados pelo DJ Marco.

Maria do Céu começou a afinar seu tino para a música com o pai, o maestro Edgar Poças. Já as influências nas letras e ritmos vieram de suas viagens a diversos lugares do Brasil e também do exterior, como os Estados Unidos, a Jamaica e países africanos, como a Etiópia. Céu e suas canções tornaram-se bastante reconhecidas internacionalmente e, hoje, ela é considerada um dos nomes representantes da música brasileira. Seus dois álbuns juntos venderam mais de 100 mil cópias fora do país. A cantora também conquistou o Grammy de Melhor Artista Revelação em 2006, Melhor Álbum de World Music Contemporânea em 2007 (Céu) e Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro em 2009 (Vagarosa). Além de outros prêmios como o TIM de Música e o Vídeo Music Brasil nas categorias revelação e MPB, respectivamente.

Para quem gostou e não teve a oportunidade de conferir a apresentação, o próximo show da Céu no Brasil está previsto para o dia 15 de maio em Jundiaí, no Parque da Uva, durante a Virada Cultural Paulista.

(resenha feita no dia 16/04 para a faculdade)

sexta-feira, 18 de março de 2011

Retomando...

Hoje me deu vontade de registrar aqui uma pequena historinha, meio poética, que escrevi pensando primeiro na forma e depois no conteúdo da mensagem, uma inversão muito interessante proposta pela minha professora de escrita criativa na faculdade. Espero que gostem.

Aventura

O vai e vem do vento causava diversão a quem ouvia o uivo que vinha veloz voar no ouvido.
- Vem, vamos viajar, Vitória convenceu Vicente.
Venderam a vitrola velha e vagaram vária vezes de navio pelo véu esverdeado das vagas.
Venceram agradavelmente o vazio da vida.