domingo, 14 de fevereiro de 2010

Caso de polícia

Em Lisboa há vários bondinhos pequenos que correm por trilhos para diversos lugares, como o nº 28, que não vai para o Castelo de São Jorge, mas passa por lá!

Além desses, que são pequenos, há uns maiores, como o nº 15, que vai para a região de Belém. Ele é como se fosse apenas um vagão de metrô, só que externo. O que aconteceu quando estavamos dentro de um deles foi um caso de polícia. Narro aqui a sequencias dos acontecimentos sob meu ponto de vista.

Uma família de turistas alemães entrou no trem e foi comprar o tiquete na máquina de auto-venda. Vi então um homem com uma nota de 5 euros na mão perguntando se era de alguém. Ele se sentou na minha frente. Nisso o alemão começou a gritar em inglês:

- Roubaram todo meu dinheiro e meu passaporte!

A família estava desdeperada. Correram para a frente do trem e foram falar com o motorista. O homem com a nota de 5 guardou o dinheiro na carteira. Vi que havia um senhor com casaco grande na frente de uma porta e outro com paletó puído e cachocol branco na outra porta. Eles se olhavam e pareciam nervosos. O do cachocol tentou forçar a porta para abrir e ele sair, mas o motorista já tinha trancado todos os sistemas de saída. E assim eles ficariam por mais de meia hora!

O senhor do cachecol foi para a parte de trás do trem. Os alemães continuavam com olhares desesperados. Então o senhor com casaco grande puxou do bolso um bolo de notas e devolveu ao alemão, dizendo que havia encontrado no chão (perto da máquina de tiquetes). O outro foi para a parte da frente do trem. Depois os policiais acharam a carteira do alemão na parte de trás.

A operação deu resultado positivo, foi tudo recuperado e os três suspeitos levados. Ou pelo menos eu vi o senhor que devolveu o dinheiro e o da nota de 5, mas o do cachecol não sei o que aconteceu com ele. Depois perguntei à família se já estava tudo bem e parecia que tinham recuperado quase tudo.

Foi sorte a deles de terem percebido tão rápido o furto (se é que realmente foi um) e estarem num veículo onde fosse possível contactar o motorista rápido e pedir para trancar as portas e chamar a polícia.

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