Algumas tardes, como esta…
Em que o sol desce manso pelo poente
Nos últimos palmos antes de se deitar,
Em que as sombras se alongam
E fazem nosso corpo espichar,
Em que fiapos brancos de nuvens
Se arrastam pelo azul claro do ar,
Em que o vento brinca com as árvores
E faz nosso cabelo bagunçar,
Quase posso imaginar uma praia,
Quase sinto o balanço do mar,
No gosto salgado dos nossos lábios,
Nos dedos enrugados de tanto nadar,
Na areia grudada nos solados...
Ou será que estou a delirar?
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