Outro dia estava andando por Sevilla e me perdi. Bom, foi meio proposital, porque eu já estava de saco cheio de dobrar e desdobrar o mapa da cidade e acabei decidindo por seguir meus instintos de direção. Demorei, mas cheguei de volta no hotel.
Voltando à história, eu estava perdida e entrei por uma rua, não sei bem qual. Foi aí que eu vi umas dez pessoas reunidas em volta uma vitrine de uma loja vazia, na qual havia um cartaz de “aluga-se”. Percebi que estavam colando coisas na vitrine, achei curioso e me aproximei. Eram poesias, poemas e fotografias impressas em papeis presos com durex.
Comecei a ler alguns e logo uma mocinha veio falar comigo. Ela me disse que se eu quisesse poderia pegar qualquer um daqueles papéis e eu, com meu instinto jornalístico, perguntei o que era tudo aquilo. Foi assim que conheci Ainda Libe e seu grupo Mira Por Dónde, composto de artistas anônimos que se reúnem para “presentear transeuntes com poesia e imagem de forma furtiva”, como definem eles mesmos no blog.
Atravessei a rua para tirar uma foto do movimento e conheci Felipe, mais um integrante. Com uma breve entrevista descobri que eles começaram com quatro amigos e agora tinham mais de dez pessoas no grupo, que combinavam os encontros pelo blog e fui convidada a participar com qualquer forma de arte que coubesse em um papel.
Pois é, como me poetizou esse rapaz, “se no te pierdes, no te puedes encontrarte”.
Desculpem se houver erros de portugues. A internet é ruim e publiquei sem revisar muito, antes que caísse de vez!
ResponderExcluirSEvilla é um lugar bacana para se perder, especialmente no antigo bairro judaico. Me lembro de ter me perdido num dia de verão em plena hora da sesta (só eu andando na rua num calor de 40 graus!). Fiquei com a impressão que na esquina seguinte daquelas ruelas ia me aparecer um personagem medieval perdido não só no espaço, mas também no tempo!
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