domingo, 3 de janeiro de 2010

Nas ruínas de Barcino

Antes desta postagem sobre as minha primeiras impressões da cidade de Barcelona, deveria existir uma outra, com relatos emocionantíssimos sobre a viagem de avião e a curiosa cosmopolitismo dos aeroportos, em particular o que estive três horas sem fazer nada: Lisboa. Porém, eis que esqueci o meu caderno de anotações super jornalístico no bolso da cadeira do avião TAP para Barcelona.


A foto é de um antigo aqueduto romano da cidade de Barcino e foi tirada pelo fotógrafo Pere López.






Começo então falando do dia de hoje! São tantas coisas diferentes... Poderia falar da comida, do inverno, dos turistas que se vê pela rua, dos horários diferentes da Espanha... Mas vou contar sobre a parte histórica-arquitetônica da cidade, pois hoje tive o privilegio de passear com dois entendedores desta área: meus caros hospedeiros Josep Maria Montaner e Zaida Muxi.

O bairro Gótico é o centro velho da cidade. Primeiro estavam nesta região os fenícios, claro. Mas as primeiras fundações são romanas. Então há todo um perímetro de muralhas antigas, conservado em muitos pontos, feito de pedras grandes corroídas por mar, o que denota que provavelmente a água chegava até ali. Hoje, a praia está um pouco mais longe, pois a área foi bastante aterrada para a construção do pôrto marítimo e para maior expansão da cidade.

Também é possível ver por cima das muralhas romanas resquícios da cidade medieval que aqui existiu, com um perímetro bem maior. Mas é engraçado como não se destrói completamente uma cidade, e, sim, se constrói outra por cima, pelos lados ou se utiliza o que já foi feito como moldura e se transforma conforme os costumes vigentes. Assim também ocorre com as casas localizadas no centro. Com mais de 200 anos, são hoje utilizadas como moradias ou lojas sem quase modificações na fachada ou nas disposições internas.

É quase como passear no centro histórico de algumas das cidades mais antigas do Brasil. Digo quase porque a diferença é que umas tem mais de dois mil anos de história e outras no máximo quinhentos. Agora entendo por que passamos tanto tempo aprendendo sobre a Europa nas aulas de história do colégio: há muito mais (pelo menos em termos quantitativos) para se conhecer!

Bom, a história continua, mas não esta aqui. Em alguns dias faço uma nova postagem. Ideias para escrever não me faltam, porém preciso de um pouco mais de vivência!

2 comentários:

  1. Noemi, meu bem,
    vc está chique demais... com seus caros hospedeiros... mande-lhes meu abraço, e um super beijo para vc...
    Anita

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  2. Grata pela visita Anita! Haha...
    Já passei o recado a eles, te mandam outro!

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